A época adequada para a amostragem se inicia a partir do florescimento da maioria das culturas. A época ideal normalmente fica em torno de 60 a 70 dias após a emergência.
Para soja e milho, a época ideal para a coleta de amostras é do período de florescimento até próximo à colheita.
Especificamente para o algodão, a melhor época de amostragem é do meio para o final do ciclo da cultura, ocasião em que a população de nematoides se torna mais expressiva (atinge o seu pico).
De preferência, a amostragem deve ser feita no ciclo anterior a um novo plantio.
A amostragem na entressafra normalmente não representa o nível populacional causador da perda da área.
Solo e raízes, quando se trata de nematoides radiculares.
Para o nematoide de parte aérea (Aphelenchoides besseyi), você deve coletar plantas com sintomas aparentes.
Sempre que possível, você deve coletar amostras de solo proveniente da rizosfera (região do solo influenciada ou em contato com as raízes). É nessa área que os nematoides encontram-se em maiores populações.
No caso das raízes, recomenda-se coletar preferencialmente as radicelas, ou seja, as raízes mais finas (raízes secundárias, terciárias, etc.). A maioria dos nematoides tem preferência por parasitar as radicelas. As raízes coletadas devem estar com aspecto de vivas.
NUNCA colete plantas simplesmente puxando-as com as mãos, pois este procedimento faz com que as radicelas se rompem e fiquem no solo.
Você pode utilizar pá de corte, trado, enxada ou enxadão. Entre estas, o enxadão é a que possibilita maior representatividade na coleta de raízes.
Independente da ferramenta a ser utilizada, o procedimento de coleta deve ser feito com segurança e eficiência, sem danificar as outras plantas e nem retirar material de local inadequado.
A profundidade recomendada é da superfície do solo até os 25-30 cm, abrindo-se o solo em forma de “V” e retirando-se uma lâmina lateral (fatia).
Na época recomendada de coleta, o solo deverá estar apresentando sua umidade natural.
Evite coletar amostras nas condições extremas: sob condições de chuva, umidade elevada e/ou solos encharcados, solos ressecados, períodos de veranicos, dias com muito sol e elevadas temperaturas do ar.
NUNCA submeta as amostras a quaisquer métodos de secagem ou adicione água nas amostras e no solo com a intenção de facilitar a coleta.
Você deve caminhar em “zigue-zague” durante a amostragem do talhão, observando a presença de reboleiras ou plantas com porte baixo.
Para a coleta de amostras em parcelas experimentais, você também deve seguir atentamente o método do caminhamento em “zigue-zague” ao longo das linhas centrais.
Sim. Contudo, nas reboleiras você deve coletar amostras nas margens/bordas delas, especialmente se os sintomas forem muito severos nas plantas localizadas mais ao centro das reboleiras. Deve-se escolher e coletar amostras junto às plantas com sintomas visuais moderados, evitando-se aquelas fortemente atacadas ou debilitadas.
Além da amostragem nas reboleiras, você também pode, separadamente, amostrar as áreas fora das reboleiras (áreas aparentemente sem problemas), constituindo assim, dois tipos de amostras.
Não existe um modelo de amostragem perfeito para análise de nematoides, devendo o coletor utilizar o bom senso na definição do número de amostras que irá representar a área.
Recomendamos coletar no mínimo 10 subamostras para cada 30 hectares. Em seguida, deve-se homogeneizar as subamostras em um balde grande, a fim de obter a amostra composta representativa da área.
Aqui é importante ressaltar dois aspectos: (i) cada amostra composta deve ser formada por subamostras coletadas em área uniforme quanto ao tipo de solo e histórico agrícola; e (ii) quanto maior o número de subamostras, mais preciso e confiável serão os resultados das análises.
No geral, para análises de identificação e quantificação dos principais gêneros e espécies de nematoides a quantidade necessária é em torno de 1,0 kg de solo e entre 50 e 100 gramas de raízes.
Para análises específicas, como identificação de raça do nematoide de cisto da soja (Heterodera glycines) e identificação de espécies de nematoides das galhas (Meloidogyne spp.), a quantidade é de aproximadamente 5,0 kg de solo e 100 g de raízes.
No caso do nematoide de parte aérea (Aphelenchoides besseyi), você deve enviar plantas com sintomas e em perfeitas condições.
Você deve usar saco plástico, de parede grossa e resistente, e se possível com fecho na parte superior para garantir a manutenção da umidade natural das amostras.
NUNCA use saco de papel, pois pode ocorrer ressecamento das amostras, interferindo diretamente nos resultados das análises.
Primeiro, você deve colocar o solo no saco plástico e depois fazer uma cavidade no meio, onde deverão ser colocadas as raízes. Em seguida, cobri-las com solo, para garantir a sua conservação.
Você deve colar junto à embalagem plástica, uma etiqueta contendo informações básicas da área amostrada, a saber:
– Nome e telefone do responsável;
– Nome da propriedade;
– Talhão;
– Cultura atual e anterior;
– Cultivar;
– Data de coleta;
– Estádio fenológico da cultura;
– Tipo de solo;
– Análises desejadas;
– Outras informações que julgar necessárias.
Os procedimentos e cuidados são os mesmos respondidos anteriormente.
Porém, neste caso, as raízes das culturas devem ser coletadas e embaladas separadamente e devidamente identificadas. O responsável pela amostragem deve certificar-se que as raízes coletadas são mesmo daquela cultura.
Sim, com a maior rapidez possível. Este é o procedimento ideal a ser adotado.
Em casos de as amostras não serem enviadas ao laboratório da NemaBio no dia da coleta, estas deverão permanecer por alguns dias em ambiente climatizado e arejado com temperatura entre 10 a 15° C.
As amostras adequadamente embaladas também podem ser mantidas temporariamente em geladeira (gaveta de verduras), até que ocorra o envio ao laboratório.
NUNCA acondicione as amostras em congelador ou freezer, pois esta prática prejudicará e danificará irreparavelmente a amostra para análise.
Caixas térmicas e de isopor são indicadas para o acondicionamento das amostras durante o transporte ao laboratório.
Você pode optar em deixar diretamente no laboratório da NemaBio ou enviar por Sedex ou transportadora no endereço abaixo:
NemaBio Laboratório e Pesquisa Agronômica
Rua das Cerejeiras, n° 1745-C – Jardim Paraíso 1
Sinop/MT – CEP 78.556-106
Nos casos de entrega pessoalmente, ao chegar na sede da NemaBio, procure a responsável técnica do laboratório e proceda a entrega das amostras. Ela vai lhe receber e tomar todas as providências para que sua amostra seja encaminhada para as análises desejadas.
Para iniciar o transporte, as amostras que já estão em sacos plásticos devidamente fechados e identificados, devem ser acondicionadas em caixas térmicas ou de isopor. Desta forma as condições ideais das amostras serão preservadas para as análises nematológicas.
Durante o transporte, deve-se evitar a exposição das amostras a altas temperaturas, exposição direta ao sol, bem como outras condições que favoreçam a perda de umidade das amostras, como a manutenção das mesmas em porta-malas ou carrocerias de veículos em dias quentes.
LEMBRE-SE: a luz solar também tem ação nematicida!
O prazo varia de acordo com as análises solicitadas, a saber:
– Identificação e quantificação dos principais gêneros e espécies de nematoides: 7 dias úteis;
– Identificação de espécies de nematoides das galhas (Meloidogyne spp.): 2 dias úteis. Atenção: se o estado de conservação das fêmeas ativas não atender o padrão mínimo exigido, será necessária sua multiplicação em padrão suscetível. Nesta situação, o prazo é estendido para 70 dias úteis;
– Identificação de raças do nematoide de cisto da soja (Heterodera glycines): 100 dias úteis (em torno de 4 meses);
– Viabilidade de cistos de Heterodera glycines: 7 dias úteis;
– Identificação e quantificação de Aphelenchoides besseyi: 7 dias úteis;
– Identificação de nematoides fitoparasitas em amostras de sementes: 7 dias úteis.
Os resultados poderão ser entregues impressos na sede da NemaBio ou enviados via e-mail, de acordo com a sua solicitação.
Segunda a sexta-feira: 07h30 às 11h30 e 13h às 17h30.
Aos sábados: 08h às 11h.
Você deve fazer a separação das sementes por lotes e peneiras. O armazenamento deve ser realizado em local climatizado e/ou ventilado.
NUNCA coloque os sacos de sementes diretamente no chão (piso). Você deve usar apoios com estrados de madeira. Não coloque os sacos de sementes empilhados em contato com a parede do galpão, pois estes poderão absorver umidade ou sofrer com excesso de calor.
Você não poderá cobrir as sementes com lona impermeável, pois poderá impedir a ventilação, e assim, prejudicar a germinação e o vigor das sementes.
O local para armazenar as sementes deve ser limpo e livre de fungos e roedores. Muitas das causas de perda de germinação e vigor estão relacionadas aos patógenos de sementes.
Lembre-se: jamais armazene as sementes junto com outros insumos agrícolas (fertilizantes, defensivos agrícolas e dentre outros).
É uma quantidade definida de sementes, identificada por letra, número ou combinação dos dois, da qual cada porção é, dentro de tolerâncias permitidas, homogênea e uniforme para as informações contidas na identificação (RAS, 2009).
Conforme as Regras para Análise de Sementes – RAS (2009), têm-se as seguintes definições:
– Amostra simples: é uma pequena porção de sementes retirada de um ponto do lote.
– Amostra composta: é a formada pela combinação e mistura de todas as amostras simples retiradas do lote. Esta amostra é usualmente bem maior que a necessária para os vários testes e normalmente necessita ser adequadamente reduzida antes de ser enviada ao laboratório.
– Amostra média: é a própria amostra composta ou subamostra desta, com tamanho mínimo especificado na RAS. É a recebida pelo laboratório para ser submetida à análise.
Importante ressaltar que quanto maior o número de amostras simples, mais preciso e seguro serão os resultados das análises.
Para a maioria das sementes, as amostras simples devem ser retiradas do lote por meio de caladores do tipo simples ou duplo. O calador deve ser introduzido na diagonal, aproximadamente na região central superior do saco ou bag, procurando chegar o mais fundo possível.
É muito importante que o equipamento a ser utilizado na amostragem esteja limpo, para evitar contaminação das sementes por eventuais patógenos. Essa limpeza pode ser realizada com solução de hipoclorito de sódio (água sanitária) a 1% ou álcool 70%.
Quando a semente estiver armazenada ou sendo transportada a granel, as amostras simples devem ser retiradas ao acaso de diferentes pontos e em diferentes profundidades.
No caso de sementes que não deslizam facilmente, como certas gramíneas, a amostragem pode ser feita manualmente, retirando-se as mãos cheias de sementes de
diferentes posições, ao acaso, tomando o cuidado de contemplar as camadas mais profundas da embalagem.
As amostras simples devem ser misturadas para formar a amostra composta do lote.
A redução da amostra composta, necessária para se obter a amostra média (enviada ao laboratório), deve ser feita com o emprego de um divisor de amostras adequado. Na falta deste, e no caso das sementes que normalmente se aglomeram, a redução pode ser feita manualmente (RAS, 2009).
O teste de sanidade de sementes (patologia) é um dos principais métodos de identificação de fungos em sementes.
Após o período de incubação, as sementes são analisadas sob microscópio estereoscópico e os patógenos presentes são identificados e quantificados.
Para amostras cujas sementes serão submetidas aos testes de germinação, você deve usar caixa ou saco de papel, de parede grossa e resistente (por exemplo, papel Kraft multifoliado).
Para amostras de sementes que serão utilizadas para determinação do grau de umidade, você deve enviá-las separadamente, em embalagens impermeáveis e hermeticamente fechadas.
Cada amostra deve ser identificada de maneira a estabelecer sua conexão com o respectivo lote. Para tanto, você deve colar junto à embalagem, uma etiqueta contendo as seguintes informações:
Você pode optar em deixar diretamente no laboratório da NemaBio ou enviar por Sedex ou transportadora no endereço abaixo:
NemaBio Laboratório e Pesquisa Agronômica
Rua das Cerejeiras, n° 1745-C – Jardim Paraíso 1
Sinop/MT – CEP 78.556-106
Nos casos de entrega pessoalmente, ao chegar na sede da NemaBio, procure a responsável técnica do laboratório e proceda a entrega das amostras. Ela vai lhe receber e tomar todas as providências para que sua amostra seja encaminhada para as análises desejadas.
As embalagens individuais devem ser acondicionadas de maneira a evitar danos durante o transporte, a fim de preservar as condições reais das amostras.
Durante o transporte, deve-se evitar a exposição das amostras a altas temperaturas, exposição direta ao sol ou a manutenção das mesmas em porta-malas ou carrocerias de veículos em dias quentes.
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